sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

2a. cirurgia

Dois anos depois da cirurgia, em janeiro de 2005, eu fui a uma consulta anual de rotina no Hospital SP.
O médico me consultou e notou uma protuberância do lado direito do pescoço e me pediu ultrassom da tireóide, além de punção.
Fiz os exames, levei para o médico e ouvi aquela frase que ninguém está preparado para ouvir: Você está com câncer!!!
Fiquei atordoada. Pensava que já tinha passado pelo maior problema de minha vida e tinha superado!


Quando os médicos operaram a tireóide, perceberam que apenas o lobo esquerdo havia crescido e o lobo direito estava normal. Então resolveram preservá-lo. E aí, dois anos depois, surgiu o problema.
Tinham feito biópsia do bócio, mas não acharam malignidade.

Novamente iniciei todo o processo de preparação para a cirurgia. Mas, agenda daqui, agenda dali e o tempo foi passando.

Já era maio, quando certa noite acordei com uma forte dor no abdômem. Fui levada às pressas ao hospital e tive que ser operada imediatamente, pois havia um cálculo na vesícula que estava interrompendo a passagem de biles e eu corria sério risco de morte.

Mal tive tempo para me recuperar e, em 10 de junho, já estava sendo operada novamente da tireóide.

A cirurgia foi muito difícil. A cicatriz ficou do meio do pescoço até atrás da orelha do lado direito.
Fiquei novamente com o braço direito totalmente colado ao corpo, formigamentos, boca torta, lado direito do pescoço com sensação de repuxado...
Era inverno e, com o frio, as dores aumentavam mais ainda. Eu dormia sentada, porque tiraram tanto tecido do pescoço que eu não conseguia virá-lo nem um milímetro.
Foram meses de muito sofrimento. E novamente fisioterapia, massagens, acupuntura para voltar a mexer o braço, que nunca mais voltou a se movimentar como antes.
Ainda no pós-operatório o cirurgião me informou que eu teria que fazer iodoterapia imediatamente e me encaminhou para a Santa Casa de SP.
Ao chegar lá, só havia vaga para fevereiro de 2006!!! Ou seja, tinha que esperar., pois eu precisava tomar dose alta de iodoradioativo e a Santa Casa de SP é o único lugar onde fazem esse tio de aplicação.
Enquanto isso, fui me recuperando aos poucos, monitorando os exames de sangue mensalmente.
Quando chegou dezembro o médico me disse que teria que me internar, pois a minha tireoglobulina estava muito alta. Cerca de 8000!!!
Fui internada em 23 de janeiro e acabei ficando mais de 40 dias no hospital, entre idas e vindas para casa nos finais de semana.
Descobriram uma massa no mediastino, entre a traquéia e o esôfago, que media aproximadamente 4 cm, e metástase pulmonar.

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